quarta-feira, 17 de junho de 2015

Cinderela Mórmon. CAPÍTULO I - Conto De Fadas

Cinderela Mórmon
                             
CAPÍTULO I - Conto De Fadas

“Era uma vez uma linda jovenzinha chamada Cinderela. Ela vivia com sua madrasta e suas duas irmãs. Porém essas a tratavam muito mal e faziam a pobre moça de empregada. Um dia teve um baile no castelo e todas as moças foram convidadas, pois o príncipe iria escolher uma delas para ser sua esposa...
Cinderela conseguiu um lindo vestido com sua fada madrinha e o príncipe se apaixonou por ela. Porém a jovem precisava voltar pra casa á meia noite. Na pressa ela acaba deixando pra trás seu sapatinho de cristal. E graças a ele o príncipe consegue encontrar sua amada. Eles se casam e ficam felizes para sempre.”.

  Esse é o resumo do conto de fadas preferido de Cindy. Cindy é uma jovem de 16 anos. Ela sempre gostou de conto de fadas, especialmente por que todos eles acabam da mesma forma. Ou seja, os “mocinhos” acabam felizes para sempre. Ela realmente acreditava que as pessoas podiam se casar e viverem felizes para sempre.
  Cindy é membro de A Igreja De Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e sempre lhe foi ensinado que as famílias foram criadas para serem eternas. Ou seja, nem mesmo a morte poderia jamais desatar os laços familiares. Que um dia quando ressuscitasse para viver ao lado de Deus e de Jesus Cristo, ela estaria com seus pais e, eles ainda seriam uma família. Ela sempre creu que não estaria nesse mundo pra ter sua família apenas por um momento. Não. Certamente o plano de Deus não era esse. Deus criou as famílias para serem eternas. Ela sabia que o: “Felizes para Sempre" não era só um conto de fadas. Ia, além disso. Era algo real. Que ela desejava de todo o coração.
  Mas Cindy tinha uma paixão ainda maior pelo conto já dito. Na verdade seu próprio nome tinha sido dado em homenagem a esse conto. Sua mãe ,assim como Cindy, era uma sonhadora e, amava contos de fadas tanto quanto ela. O nome Cindy era homenagem a Cinderela.
  Sua mãe se chamava Mary Claire e seu pai John Neil. A vida deles também parecia um conto de fadas. Só que nesse caso John Neil era o PLEBEU que casara com a menina rica. Eles eram jovens e muito bonitos, assim como Cindy o era. E tinham um casamento perfeito à vista de todos. Nunca foram vistos brigando, e nunca foram vistos separados em nenhum evento importante (ou não). Sempre estavam felizes, sorridentes, bem humorados, bem vestidos... Nunca foram vistos por ninguém, nem mesmo tendo aquelas pequenas discursões típicas de todo casal jovem. Sempre impecáveis. Eram o exemplo perfeito de como um casal deveria se portar perante a sociedade e o mundo. Cindy tinha muito orgulho deles. Eles lutaram pra ficar juntos e, conseguiram alicerçar o casamento perfeito. Cindy sonhava mais do que tudo poder casar e ser selada e Feliz pra eternidade, assim como seus pais.
   Cindy sempre viveu uma vida confortável. Sempre esteve rodeada de pessoas tementes a Deus. Pessoas que eram humildes pra reconhecer que deviam sempre estar lutando pra se tornarem pessoas melhores. Na verdade quase todo o seu circulo de amigos eram membros da Igreja de Jesus cristo, ou tinham alguma ligação com ela. Seus pais haviam se casado logo após a conversão de John Neil, e Cindy havia nascido dentro do convênio. Ou seja, nasceu como membro da Igreja de Cristo e, sempre vivera de acordo com os ensinamentos que lá aprendia. Cindy amava a igreja e todos os ensinamentos. Ela sempre viveu padrões elevados. Sempre usou roupas recatadas e uma linguagem limpa. Nunca chamou a atenção para seu corpo, ou se quer falara qualquer coisa que ofendesse as outras pessoas ou pudesse fazê-las pensar coisas ruins sobre ela.
  Sempre fora uma jovem prestativa, educada, inteligente nunca se negara a ajudar quem estivesse precisando de ajuda. Cindy também era um exemplo de como uma moça deveria ser. E por ser muito humilde, sempre agradecia isso ao Senhor, e também aos professores e lideres da igreja, pois, segundo ela, eles a haviam moldado. A igreja a havia ensinado a ser tudo que ela era.
   Uma moça assim obviamente sempre estava rodeada de amigos e admiradores. Os quais também se esforçavam pra ser como ela era. Ela porem sempre os lembrava de que eles não deveriam ser como ela, mas sim, que deviam se esforçar pra ser como Jesus cristo é. Ela realmente amava o salvador Jesus Cristo. Seu maior sonho era ser digna de poder um dia casar no templo e ser selada para a Eternidade com um bom rapaz. Um bom Homem.
Na igreja os jovens eram aconselhados a namorar apenas quando atingissem a idade de 16 anos. Quando começariam a realmente tomar atitudes responsáveis. Cindy apesar de quase estar completando 17 ainda não havia namorado com ninguém, ela estava esperando alguém especial. E apesar de ter tantos pretendentes ela ainda não havia encontrado o rapaz que ela procurava, ainda não havia sentindo “a magia.”.
Seus melhores amigos eram: Bianca de 16, uma jovem rica que às vezes agia impulsivamente. Mas que era uma boa moça também. Fátima, também com 16. Havia sido batizada na igreja há bem pouco tempo, mas também estava vivendo sua vida de acordo com os padrões aprendidos lá. Fátima era uma jovem tímida, mas assim como Cindy sempre estava disposta a fazer de tudo pra ajudar o seu próximo. E Samuel de 17, que na verdade estava prestes a completar 18. Mas era tão baixinho e tinha o rosto tão infantil que a maioria das pessoas achava que ele era só um garotinho de 12 ou 13 anos. As meninas o achavam muito fofo e o chamavam de bebê às vezes. Isso o deixava bastante frustrado às vezes.
Naquele sábado estava tento uma mutual na igreja. Uma espécie de atividade onde os jovens se reuniam, brincavam, liam escrituras e se divertiam de uma forma bem saldável. Geralmente eles sempre tinham essas atividades aos sábados. Eles já estavam se preparando pra se despedirem e voltarem pra suas casas. Sempre que faziam essas atividades eles começavam e terminavam com uma oração. Na verdade tudo na igreja era feito dessa forma, começando e terminando com uma oração.
Após o termino da mutual, Samuel corre e toca a campainha que eles costumavam usar no domingo pra anunciar o termino das aulas e pra que não tivessem atrasos.
_Peim! Peim! Peeeeeim!!! Soa a campainha. Um dos garotos que estavam na mutual o repreende brincando:
_Ha, há, há... Tinha que ser acriança da turma. Você não tem mais idade de ficar brincando de tocar campainha não moleque, Hahaha...
_Ah tá muito engraçado. Tô morrendo de rir! Fala Samuel irritado
Chega Bianca e se intromete na conversa. Na verdade ela coloca mais lenha na fogueira.
_Calma, bebê, não se importe com o que esse menino mau esta dizendo. Você pode brincar do que você quiser tá bom, neném?
_Para de me chamar de bebê. Caso você não saiba eu completo 18 daqui a 15 dias. Sou bem mais velho que você
_Haha é tão velho e ainda não tem nem bigode. Continua o outro rapaz.
Mas Cindy chega e acaba com a zoação:
_Gente, parem de encher o Samuca.
_Viu só? Pelo menos a Cindy ainda me respeita. Ela não acha que sou nenhum bebê. Não é mesmo Cindy? Você acha que eu pareço mais maduro?
_Na verdade não. Fala Cindy meio encabulada.
_Não??!! Assusta-se Samuel.
É que na verdade você é mesmo tão fofinho que parece um bebê. Mas não é legal eles ficarem te zoando se sabem que você não gosta disso. Responde ela de maneira educada e com um sorriso. Mas na verdade aquele sorriso tinha sido decepcionante para ele.
Samuel nutria uma paixão por Cindy desde que eram crianças de 8 e 9 anos. Eles sempre foram muito amigos, sempre estavam abraçados e trocando beijos no rosto. Mas sempre eram carinhos fraternais. Infelismente para Samuel. Ou Samuca como era chamado, eles não passavam de grandes amigos. Eles eram os melhores amigos. Estavam sempre juntos. Pra Cindy eles eram como irmãos.
Cindy era muito popular e muito paquerada pelos meninos da igreja. Mas ela nunca se interessou por nenhum deles. Todos podiam ser lindos e fofos pra ele mais nenhum deles fazia seu coração bater mais acelerado. E ela romântica como era, precisava sentir isso por um garoto. Seu príncipe encantado daria seu coração bater acelerado, como nos contos que ela lia. Faria ela sentir a magia .O jovem rapaz até já havia se declarado pra ela algumas vezes , mas ela  nunca o levava a serio . Ele era tão fofinho quem nem devia saber oque estava falando direito. Ele sempre falava coisas como:
_Você é a maior gatinha da igreja, não da cidade, do mundo, você é a garota mais incrível que existe na face da terra. Cindy sempre ficava comovida, mas nunca vira o rapaz de outra forma que não fosse como irmão. Ela sempre achava que Samuca estava brincando com ela. Apesar de ter tantos pretendentes a ingenuidade da moça não a deixava perceber o quão bonita ela realmente era.
Samuca andava bastante frustrado ultimamente. Ninguém o respeitava por causa da sua estatura e da sua aparência tão jovial. Seus pais sempre o consolavam dizendo que logo logo ele iria crescer e se tornar mais maduro e com um semblante mais velho como ele tanto queria. Os homens da família dele eram todos assim demoravam pra crescer, mas quando o faziam era tão rápido e repentino que as pessoas ate se assustavam. O irmão mais velho dele, por exemplo, só crescera quando estava na missão. Tanto que ninguém o reconheceu quando ele voltou. Então pra Samuca só restava esperar a hora certa pra crescer e amadurecer. Bem pelo menos ele tinha uma admiradora, Fátima desde que o conhecera o amava em segredo. Ela sabia que o rapaz não tinha olhos pra ela. Mas ainda assim a amiga o consolava sempre, quando nem Cindy conseguia consolá-lo. Eles eram realmente grandes amigos, aprenderam na igreja a sempre se apoiarem.
No caminho pra casa eles se separam, Bianca morava em um bairro rico apenas com sua mãe. Os seus pais haviam se divorciado há muito tempo atrás. Ela e sua mãe tinham combinado de viajar para um parque aquático ali perto ainda naquele dia. A mãe de Bianca buscava fazer todos os desejos dela, mesmo por que também Bianca era a única filha que tinha.
 Ao se despedirem da amiga Cindy tropeça e deixa cair dos seu pé sua sandália. Na verdade aquilo acontecia bastante. Se Cindy tinha tantas qualidades também tinha esse defeito, às vezes era bem distraída e ficava com a cabeça na lua. Então era comum ela tropeçar e perder sua sandália sempre. Todos riam dela por esse fato. Ela não só tinha o nome parecido com o da princesa do seu conto preferido, mas também vivia a perder o sapato por onde quer que fosse. Todos riam muito dessa peculiaridade dela. Bia fica zoando um pouco a amiga e depois finalmente vai embora rindo da distraída moça.
Depois de se despedirem da amiga eles seguem para a casa de Fátima que era a segunda casa mais próxima. A caminho eles acabam se esbarrando com dois rapazes de camisa branca, plaquinha no bolso e sempre de gravata a e calça social. Eram os ELDERES, os missionários de A Igreja De Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias. Geralmente todos os rapazes que completavam 18 anos saiam para fazer missão em outra cidade estado ou pais. Era muito comum encontrar com dois desses jovens ensinando o evangelho de Jesus Cristo. Muitas vezes esses eram americanos e nem falavam português muito bem. Porem tinham um grande testemunho sobre a obra de Deus e dedicavam dois anos de sua vida a ensinar o evangelho ao maior numero possível de pessoas e ajudá-las a se batizarem e seguirem o s passos de Cristo. Um desse rapazes que eles encontraram era americano, outro era do Rio Grande do Sul. Ambos estavam ali, bem longe de suas casas.
Eles cumprimentam os Élderes e descobrem que eles estavam indo visitar uma amiga deles que morava ali perto, a Debora, que havia sido batizada há pouco. Essa Debora era muito amiga de Bianca. Na verdade Bianca havia apresentado Debora aos missionários.
Eles também estavam procurando por Clara de 17 anos. Uma outra referencia de Bianca. Bianca tinha muitos amigos não membros e muito deles moravam ali perto. Os Élderes (missionários) queriam saber se eles conheciam essas duas pessoas e sabiam onde elas moravam. Mas eles só conheciam Debora da igreja(as criança) os Élderes eram novos e não conheciam muito bem a cidade
Os jovens explicaram mais ou menos como eles poderiam chegar até o local. Na verdade eles também não sabiam muito. Bem
O Elder americano volta e meia se atrapalhava com uma o ou outra palavra e seu companheiro sabia bem pouco de inglês, mas Samuca sempre gostara de inglês e felizmente sabia muitas das palavras que ele tentava falar. Ele sempre gostar de sair pra fazer visitas com os Élderes e os dois novos acharam uma excelente ideia sair algum dia com ele.
Ele ficaram muito contente pela ajuda adas crianças, ou melhor, dos jovens. E pelas dicas de Samuca sobre o português também. Ambos o elogiaram e disseram que ele tinha uma grande futuro pela gente. Samuca fica vermelho.
 Eles se despedem agora dos missionários de depois Samuca acompanha Cindy até sua casa.

 Eles moravam na mesma rua. A moça dá um sorriso de até amanhã que faz com que o rapaz fique todo atrapalhado. A MOÇA DÁ UM SORRISO DE ATÉ AMANHA QUE FAZ COM QUE O RAPAZ FIQYUETODO ATRAPALHADO. Como ele gostaria de poder um dia ter o amor de sua amada. Como ele gostaria de poder ser o príncipe que ela tanto esperava. Os dias de Samuca sempre terminavam assim, c om um beijo um sorriso e um abraço fraternal da pessoa que ele tanto amava. Cindy era a princesinha do conto de fadas de qualquer rapaz apaixonado.


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